O F.C. Porto cedeu dois pontos no Dragão frente a um imprevisível Belenenses. Mas para quem assistiu ao jogo e ao da semana passada frente à Académica não pode estar muito surpreendido com este empate caseiro. Em ambas as partidas, os azuis e brancos realizaram primeiras partes enfadonhas, sem pressionar o adversário, sem ambição no ataque e sem a raça e atitude ganhadora que pautam a mística do clube. Em evidência esteve uma equipa lenta, previsível e expectante que o jogo se resolvesse sozinho.
Ainda assim, na primeira parte os dragões viram um golo mal anulado a Farías por suposto fora-de-jogo quando a bola veio de um corte de um jogador do Belenenses. Já os azuis do Restelo limitaram-se a defender como podiam e a espaços só Zé Pedro incomodou Helton com um ou outro remate fora de área. A segunda parte abriu logo com o golo do Belenenses: Lima isolou-se e com calma rematou cruzado para o fundo das redes. 0-1 e os assobios aumentavam de tom no Dragão. Alarmada a equipa do Porto encostou o Belenenses às cordas e só descansou quando empatou aos 63 min - um alívio pastelão de Diakité, a bola sobra no interior da área para Farías que aproveita e faz uma espécie de chapéu ao bombeiro Nélson. Estava provada a debilidade da equipa lisboeta perante a velocidade imprimida pela equipa de Jesualdo. Mas após o golo os dragões caíram novamente numa letargia colectiva como se a vitória fosse cair do céu. Só nos últimos minutos da partida é que o Porto lançou-se desesperadamente ao ataque, errando muitos passes e caindo na precipitação dos cruzamentos de longe para área. As melhores oportunidades surgiram já nos descontos com um cabeceamento de Bruno Alves à barra e um remate perigoso de Raúl Meireles que levou ainda muitos adeptos a gritar um falso 'guuuolo'. O empate foi um castigo merecido pela presunção e displicência dos azuis e brancos que lembraram-se tarde que tinham um jogo para vencer. E apesar de terem perdido uma boa oportunidade de ganharem terreno sobre Braga e Benfica este resultado revela um Jesualdo Ferreira que parece ainda não ter caído na real ou que ainda espera enganar alguém com o seu discurso..."fomos uma equipa empenhada que tentou ganhar a uma equipa que defendeu sempre (...) fizemos tudo o que tínhamos para poder ganhar, tivemos na ponta final alguma infelicidade. Os jogadores correram, bateram-se(...) não merecíamos o empate", concluiu o técnico.
2 respostas:
Um bacalhau com natas de excelência acompanhado por um bom pastel de Belém, proporcionou-me uma noite feliz! O jogo de ontem entre uma equipa com tradições intestinais e o Belenenses só vem revelar cada vez mais que temos tido, em épocas anteriores, um Benfica e um Sporting muito aquém das expectativas, permitindo assim que determinadas associações bairristas alcançassem o sucesso...
Como esta época corre de feição a um "onze" organizado, temido e dentro da lei que coloca em sentido os rivais de Gaia, nada me assenta melhor do que ir ao baú da gíria e tirar de lá um "acabou-se a mama"!
Quando soou o apito final do árbitro, todos os presentes no Restaurante Selecção Gloriosa (um nome de respeito) irromperam em aplausos e urros de satisfação pelo deslize tripeiro. Concordo contigo, caro amigo: o Porto não tem mostrado bom futebol e a equipa tem apresentado alguma soberba em determinadas ocasiões. Não posso também deixar de falar do Incrível (como é apelidado por alguns imprensa desportiva). Os assobios que recebeu ontem por não passar a bola a ninguém, mostram que apesar de uma imensa máquina de marketing por trás, o nosso amigo Hulk já nem a brueirada anda a conseguir enganar.
Abraços
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