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"Craques de mão cheia desfilam pelo estádio, com promessas de bons golos e excelentes jogadas! Espero que nos acompanhem nestas jornadas, com lugar de época e cachecol ao pescoço!"

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Selo de Golo

"Deixem passar o Maior de Portugal!!"

segunda-feira, dezembro 21, 2009

Nas horas que antecediam o encontro a minha cabeça só imaginava um desfecho: Cardozo, aos 90 minutos, recebia a bola de Saviola, e, num campo coberto de neve, estoirava a bola laranja em direcção à baliza. O Hélton até defendia, mas a bola ia com tanta força que ambos entravam pela baliza dentro rasgando as redes. Não foi assim, mas não interessa. O Maior de Portugal (refrão da nova música dos No Name que entra, e de que maneira, nos ouvidos) passou com toda a justiça por cima dos tripeiros.

Não estava confiante para este jogo, mas à medida que me ia aproximando do Estádio da Luz, debaixo de uma tormenta que fazia Noé corar de vergonha, a confiança ia crescendo ao ver aquela massa humana desafiar as forças da natureza para apoiar o clube do seu coração. Jesus surpreendeu - e ainda bem! - ao apostar na manutenção do esquema, promovendo a entrada de Urreta e Carlos Martins no lugar de Di Maria e Aimar. O Ramires - esse gigante que faz os benfiquistas sorrir de orgulho - lá jogou e provou que tem ossos e constituição física de origem extraterrestre. A Luz explodia num grito em uníssono de apoio e até a Vitória brindou os adeptos com uma aterragem em suplesse na vertical, que levou os benfiquistas à pura loucura, enquanto a turma que veio do Freixo permanecia calada, algo que se verificou durante todo o encontro.


A primeira parte foi de uma superioridade cabal do Benfica. Com passes curtos, tabelas e um futebol envolvente, os encarnados dominaram o meio campo e levaram o Porto a entricheirar-se na sua área e a experienciar uma inexistência incomum. O Golo (golos em clássicos são com "G" grande) foi apontado por Saviola, após uma jogada de insistência, com a curiosidade de ter sido apontado enquanto o Maxi Pereira fazia uma sessão de "yoga" na linha de golo. Um surpreendente bom Peixoto meteu o extrapolado e "imprensodependente" Hulk no bolso, e o míudo Urreta dava uma lição de classe e confiança frente ao Porto que faria corar muitos "Simões Sabrosas" da vida, que fugiam sempre da responsabilidade ao ver um tipo de azul-e-branco à frente. No geral, todos os jogadores do Benfica mostravam, de forma cabal, que a equipa não é uma soma de bons jogadores mas um verdadeiro colectivo, que sabe sobreviver a muitas ausências.

No início da segunda parte trememos, mas foi aí que Jesus mexeu - novamente bem! - e colocou, naquilo que já parecia um deboche total, Luís Filipe (!!) e Weldon nos lugares de Urreta e Carlos Martins, isto depois do Porto ter dado o seu último sopro de vida na partida, quando um remate de Raul Meireles desviou em Luisão e saiu a centímetros do poste. A partir daí dizer que o Benfica sofreu é uma puta de uma injustiça. A agremiação das Antas não teve mais nenhuma oportunidade de golo, e os encarnados controlaram o jogo, trocando a bola calmamente no meio campo adversário, recorrendo por algumas vezes a movimentos de fino recorte técnico executados com simplicidade e rapidez. Gostei principalmente de segurarmos a bola junto à linha final, fazendo-me lembrar noites nas Antas em que o Deco fazia a mesma coisa durante vários minutos sem que ninguém lhe tirasse a bola. Não esqueçamos que até o Luís Filipe ia marcando um golo que faria, certamente, milhares de Benfiquistas irem acender umas velas a Fátima (parafreseando o camarada Miguel Pereira).

O apito final não foi uma sensação de alívio, mas sim o sinal de que a festa podia verdadeiramente começar, se é que alguma vez ela parou! Ali ao lado da bancada, eu e o caro João Santos abraçávamos desconhecidos, ríamos de forma aparvalhada e observávamos homens com o peso da idade ilustrado na barriga a chorar lágrimas de felicidade, enquanto o Barnabé e o Javi Garcia corriam pelo relvado segurando uma Vitória altiva que parecia saudar os adeptos extasiados. Ganhar ao Porto é ganhar ao sistema, triunfar sobre as injustiças e estes três pontos têm sempre um sabor delicioso, principalmente quando, para além da vitória, somos brindados com uma entrega e uma atitude dignas do que é o Benfica. É óptimo sair da Catedral com a sensação que os jogadores tiveram uma raça igual aquela que teríamos se fossemos nós, adeptos, a vestir aquela sagrada camisola.

Saímos do estádio pouco depois, e apesar da intempérie apertar parámos numa roulotte a comer uma bifana e a brindar ao Benfica com imperiais. Durante o repasto ficámos a observar as pessoas que se iam dirigindo a casa encharcadas e a deitar fumo pela boca: crianças, jovens, velhos, pais de família, coxos, pobres, ricos...todos saíam em perfeita sintonia, naquilo que é uma atitude completamente irracional à condição humana. Numa noite destas o mais óbvio seria ficar no conforto do lar, mas lá estavam aqueles milhares de pessoas a passar por uma experiência de desconforto e sofrimento com um sorriso nos lábios enquanto cantavam as músicas do clube quase sem voz. O futebol, e tudo o que roda à volta dele, é um dos fenómenos mais espectaculares que este Mundo tem para oferecer, mas sobre isso falaremos num outro post que este já vai longo.

Como devem ter percebido: adoro futebol e adoro ganhar ao porto.

Crónica de Nuno Silva à(s) 01:07  

7 respostas:

Miguel Pereira disse...

Que maravilha de post!!
O Benfica fez uma primeira parte de grande nível, encostou o Porto às cordas e marcou um belo golo. Mas devo dizer que gostei ainda mais da 2ª parte: um Benfica guerreiro, experiente e manhoso no controlo da vantagem que nunca esteve ameaçada! Concordo contigo quando dizes que os jogadores parecem sentir a camisola e isso deve-se, sem dúvida, a Jorge Jesus, que hoje deu uma importante e tranquilizante sinal aos benfiquistas de que também sabe vencer os grandes jogos.

Individualmente destaco a grande exibição de Ramires (uma primeira parte de encher todo o relvado); a classe e tranquilidade de Urreta; um surpreendente César Peixoto (que só perdeu um ou dois lances quando entrou Varela) e que aos poucos carimba o passe para o Mundial; e David Luiz, um senhor na defesa!!

Um grande presente de sapatinho e uma importante vitória para encarar o complicado Janeiro com deslocações a Vila do Conde, Barreiros e recepção ao Guimarães.

BENFICA!!!!!

2:55 da manhã  
Anónimo disse...

Nos últimos dez anos, o Natal tem sido quase sempre azul. E quando o não é, a equipa azul e branca quase nunca se sagra campeã no final da época! Não passa de estatisticas mas para lampiões como voçes é um fortalecer dessa falsa confiança e um sorriso extra nesta epoca.
A realidade é que´o Porto esta mais fraco o Benfica mais forte!
Por isso ou dezembro o grande Pinto da Costa oferece umas belas prendas ou quero o Braga CAMPEÃO!

11:31 da manhã  
Anónimo disse...

Em vez de gastarem mais milhões em jogadores gastem algum a recuperar o relvado que parece o campo da arregaça do União de Coimbra!

Os grandes vencedorer da noite foi o relvado e a chuva que derrotou o futebol espectaculo do FCP.


Nuno Barroso

11:35 da manhã  
Wanderley Zé disse...

Fantástico!! Excelente texto que ilustra todo o sentimento benfiquista vivido ontem á noite.

No final do jogo, não festejei apenas a vitória encarnada, bem como o campeonato...sei que é prematuro, mas depois de ver este Benfica com raça de campeão, fiquei com a certeza que o festejo final será vermelho. A gunada foi reduzida à banalidade e Jorge Jesus venceu claramente no duelo táctico, juntando o músculo do meio campo á classe do ataque com a excelente inclusão de Urreta,uma certeza para o futuro.

No plano individual, destaque para dois jogadores: Javier Saviola e o seu futebol fino capaz de provocar lágrimas de felicidade nos rostos benfiquistas, e de tristeza em Florentino Pérez, e inevitavelmente o galáctico Ramires, que cada vez mais se está a tornar num jogador de classe mundial, incrível na força, incrível na velocidade, e incrível na entrega ao jogo, e nem as habituais entradas á distrital da tripeirada o conseguiram travar.
David Luiz e Peixoto tambéms estiveram muito bem no plano defensivo, nomeadamente o lateral encarnado que anulou o tal "imprensodependente Hulk".

Portugal acordou hoje mais feliz.

Parabéns Benfica!

12:01 da tarde  
CoroNel Monteiro disse...

"O apito final não foi uma sensação de alívio" ahaha o apito final fica a matar aí

depois comentarei com mais algumas linhas essa grande noite

9:24 da tarde  
Anónimo disse...

Acabei de ver no dia seguinte que o lançe do benfica éfora de jogo do ureta!ninguem fala disso

11:03 da tarde  
Anónimo disse...

Acabei de ver no dia seguinte que o lançe do benfica éfora de jogo do ureta!ninguem fala disso

11:03 da tarde  

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